● Empíreo
Domínio: Javé ou Jeová.
Sub-Divisão Política:
- 2º Céu: Raquie ou Jannat al-Firdaus. “Jardim do Paraíso”. As 12 Nações Apostólicas [André, Bartolomeu, Felipe, João, Mateus, Matias, Pedro, Simão, Tadeu, Tiago, Tomé, Zebedeu].
- 3º Céu: Sagun ou Jannat al-Naim. “Jardim dos Desejos”. As 12 Tribos de Israel [Aser, Benjamin, Dan, Efraim, Gad, Issacar, Judá, Manassés, Neftali, Rúben, Simeão, Zabulon].
- 4º Céu: Machon ou Jannat al-Khud. “Jardim da Eternidade”. As Diademas [].
- 5º Céu: Mathey ou Jannat al-Maawa. “Jardim das Mansões”. Etelmenanki.
- 6º Céu: Zebul ou Dar as-Salaam. “Casa da Paz”. Pentápolis [Akae, Beka, Ermis, Kesbel, Kruno].
- 7º Céu: Arabath ou 1º Dar al-Jalai. “Casa da Glória”. Cidade-de-Prata (As Três Torres).
- 8º Céu: Muzaloth ou 2º Dar al-Jalai. “Casa da Glória”. Os Sete Cálices [Heron, Cainan, Malaleel, Jared, Enoch, Matusalém, Lamech].
- 9º Céu: Kuchavim ou 3º Dar al-Jalai. “Casa da Glória”. Monte Aramesh, Aravoth.
Descrição:
O Empíreo, um reino elemental aéreo, é a morada de Jeová, de Sekhina, também chamada Alhim (consorte ou contra-parte feminina de de Jeová), de seus coros de anjos (elim) e de almas puras. Sua entrada principal é uma escadaria dourada gigantesca em largura e com 777 degraus. Sob seus portões de prata está São Pedro, um anjo ishim calizantim, título mais conhecido como corpore, que controla o acesso ao reino celeste. Em ambos os lados do grande portão existem outros dois portões menores, são as entradas orientais, existindo portas semelhantes no ocidente, além do norte e do sul. As almas provenientes da Terra, porém, somente adentram neste mundo pelo Portão de São Pedro. Todos os céus do Empíreo formam um círculo concêntrico envolta do Trono Altíssimo de Aravoth, no Monte Aramesh, sendo os primeiros mais afastados do centro, e assim, mais densos, tanto em termos materiais, quanto sua “demografia”.
Na primeira esfera do céu, chamada Shamain entre os hebreus, Dar al-Karar entre os islâmicos e Lua entre os cristãos, estão os governantes das ordens estelares – por volta de 200 anjos ishim tarshishim, sub-tipo lunare, que controlam os asterísmos e nébulas – e a maior parte dos anjos ishim terafim, recípere, pois são estes os anfitriões responsáveis pelo trato das almas recém-chegadas e seu encaminhamento correto a seus destinos. Existem 12 nações aqui residentes, todas descendentes de Ismael, filho de Abraão. Nesta mesma região, sem pertencer a reino algum, ainda se encontra um grande castelo de mármore no ponto mais elevado da dimensão, o Castelo de São Jorge.
A aparência deste círculo enfim é de um cenário bucólico: campos largos verdejantes, pequenas colinas e habitações esparsas, exceto nas proximidades do Portão Carmesim - guardado por Joana d’Arc e sua tropa de anjos corpore femininos - onde estão sediadas as falanges angelicais, sempre prontas à qualquer batalha cósmica. Estes guerreiros são das nove “raças” genuinamente angelicais: serafins (seraphim chaioth ha-qadesh), querubins (auphanim), tronos (aralim), dominações (hasmalim), potestades (seraphim), virtudes (malachim), principados (elohim), arcanjos (beni elohim) e anjos (cherubim). Como pode-se ver, houve uma ligeira confusão na tradição humana entre transliterações dos termos originais. Todo modo, seus “generais”, os anjos cabalísticos, muito raramente freqüentam este círculo, e quando o fazem, é justamente para visitar e averiguar suas tropas.
O regente de Shamain é Rabacyel, seus ministros são: Bilet, Missabu e Abuzaha.
Atravessando o Portão Carmesim chega-se ao segundo círculo do céu, chamado Requie, Jannat al-Firdaus ou Mercúrio. Nele se encontram aprisionados certos anjos que traíram a causa de Deus e se rebelaram, mas que, contudo, por fim se arrependeram. Para tais, o cativeiro ali é uma dádiva suprema, mesmo que nenhum outro anjo nos arredores possa sequer lhes dirigir a palavra, exceção feita aos nove grã-príncipes. O aspecto geral das redondezas segue o aspecto renascentista, principalmente suas muitas capelas e bibliotecas. As almas puras que aqui residem são as que apreciam a cultura e as artes, Também pode-se avistar muitos corpore por estas terras nas 12 nações apostólicas, das almas que foram trazidas à luz pelos apóstolos católicos. Residem por aqui: Giordano Bruno, Miguel Ângelo, Leonardo Da Vinci, dentre outros.
O regente de Requie é Zachariel, seus ministros são: Suquinos, Sallales e Miel.
O Portão Púrpura leva ao terceiro círculo do céu, chamado Sagun, Jannat al-Naim ou Vênus. Aqui o principal ponto “turístico” é um exemplar gigantesco de Árvore-da-Vida que, estranhamente, oferece é luz e não sombras a quem busca abrigo embaixo de seus ramos, já que as noites nesta dimensão, principalmente as de lua cheia, são mais longas que os dias. À sua volta existem quatro fontes de leite e mel que abastecem infinitamente a população – dizem que elas têm o poder de realizar desejos, mas que isto nunca ocorre porque ninguém ali nunca tem nada o que mais desejar. 300 anjos luminosos, possivelmente solare, cuidam desde imenso jardim. Para cá, merecidamente, se destinam aqueles que, mesmo postos à prova, escaparam à iniqüidade e percorreram a vida com juízo correto e sem falhas, além daqueles que amaram profundamente... Existem também 12 nações dos herdeiros das tribos de Israel, mais conhecido como Isaac. Moram nesta área: Davi, Salomão, Sansão e muitos outros.
O regente de Sagun é Jabniel, também conhecido como Anael, seus ministros são: Amabiel, Abalidoth e Flaef.
O Portão Dourado abre as portas do quarto círculo do céu, chamado Machon, Jannat al-Khud ou Sol. Miríades de anjos ishim tarshishim, tipo solare, e anjos ishim shinnannim, planetae, habitam este plano, mais especificamente, o cálculo aponta para 15.000.000 anjos solare chefes desta raça que controlam os poderes dos sóis e estrelas do universo. Se contássemos os serviçais... Dois seres muito raros também moram por estas bandas: a Fênix, gigantesca ave imortal de fogo púrpura, e a Chalkydri, ser híbrido com 12 asas angélicas longilíneas, corpo e cauda de leão e uma cabeça bestial semelhante a de um crocodilo ou dragão.
Grandes porções do reino são desérticas – como o Deserto de Dedangir - e muitas outras são ruínas de antiqüíssimas construções que remontam ao tempo de Lúcifer no céu. Foi aqui que aconteceu a primeira batalha cósmica do universo e a queda de seu instigador. Enfim, nestes ermos 10 reinos coexistem, os reinos chamados Diademas, pois se erguem sobre a areia como que coroas majestosas. Grandes sacerdotes e religiosos em vida tem atração por esta dimensão, como o papa João Paulo II e Leão XI.
O regente de Machon é Dalquiel, seus ministros são: Acithael, Hanrathaphael e Asassayel.
O Portão-de-Ferro dá entrada ao quinto círculo do céu, chamado Mathey, Jannat al-Maawa ou Marte. Alguns anjos traidores de Deus estão presos neste plano, os grigori – que causaram a 2ª Rebelião dos Anjos ao desceram à terra no Monte Ermon para enamorarem-se de mulheres. Estão presos corporeamente nas profundezas do Deserto de Dudael, pois seus espíritos vagam pela Terra e pelo Inferno. O relevo deste círculo, exceto o grande deserto, é formado por muitos planaltos e planícies, perfeitas para o treinamento militar. Castelos e fortalezas pululeiam, mas um se destaca, a Torre de Etelmenanki, tao fulgurante e opulenta que inspirou nos humanos a construção da Torre de Babel, ao qual pensavam dar o mesmo nome. Ela é a sede das ordens monásticas militares do céu e de uma espécie de consulado aberto aos mais diferentes diplomatas, até mesmo à demônios. Enfim, nesta dimensão celeste são formados nos Campos de Marte os soldados de Deus, os anjos ishim afanim, mais conhecidos como anjos islâmicos (da’wah) ou captare. Almas daqueles que morreram defendendo o nome de Deus, ou em guerras-santas também tem por estas paragens o local predileto, como Jean-Louis de Vallette, Frederico, o Barba-ruiva e Ricardo Coração-de-Leão.
O regente de Mathey é Samael (não confundir com o epíteto de Lúcifer), seus ministros são: Carmax, Ismoli e Paffran.
O Portão-de-Cristal leva ao sexto círculo do céu, chamado Zebul, Dar as-Salaam ou Júpiter. Neste alto plano do Empíreo habitam boa parte dos anjos cabalísticos, os grandes anjos serafins, querubins, etc... todos denominados shemhamphora. Existem cinco grandes cidades, denominadas em conjunto de Pentápolis. Elas são fortes campos de influência à Terra, tanto que cinco cidades santas do mundo são seus reflexos (Jerusalém – sede dos judeus, Meca – sede dos islâmicos, Roma – sede dos cristãos, Constantinopla – sede dos ortodoxos e Moscou – sede dos ortodoxos orientais). O aspecto de Zebul inspira santidade, como se ao ar aberto o céu fosse a cúpula da Capela Sistina. Digno de nota, o horizonte sempre está envolto
O regente de Zebul é Sachiel, seus ministros são: Maguth, Gutrix e Zebul.
Não há mais portões separando as esferas celestes, somente volumosas nuvens. No sétimo círculo do céu, chamado Arabath, Dar al-Jalai ou Saturno, encontra-se a mais bela cidade do universo, como dizem seus habitantes, a Cidade-de-Prata. É o local de origem de todos os anjos e morada dos anjos príncipes, os sarim, e dos grandes príncipes, os sephiroth: Camael, Gabriel, Haziel, Metraton, Miguel, Rafael, Raziel, Zadkiel e Zafkiel. O plano em si é toda a cidade, que por sua vez lembra mais uma colossal fortaleza de mármore branco, ágata, madre-pérola, diamante, platina e prata composta de três torres associadas a Santíssima Trindade. Em seu interior, além de diversos salões e câmaras, existe uma assembléia especial, composta de 13 assentos onde Cristo se reúne com seus associados.
O regente de Arabath é Zachiel, seus ministros são: Datquiel, Michathon e Pahamcocyhel.
Verdadeiramente é difícil dizer se o céu tem sete ou mais círculos, pois suas fronteiras vão ficando difíceis de distinguir. Todavia, a região entendida como oitavo círculo do céu, chamado Muzaloth somente por tradições judaico-cristãs e por elas entendidas como sendo um nível específico é a morada dos anjos ishim malazim, os astrae. São os espíritos dos grandes astros, tais como galáxias e quasares. De modo geral esta é uma dimensão supra-aérea, sempre lembrando manhãs com neblina, e existem nela 7 cidades que são míticas até mesmo para os anjos de nível inferior. São as cidades dos Sete Cálices do Apocalipse. Seus segredos são vedados, mas burburinhos comentam que estas cidades adimensionais refletirão sua essência sobre a Terra à época do Fim do Mundo nas cidades de Éfeso, Esmirna, Filadélfia, Laodicéia, Pérgamo, Sardes e Tiatira.
O nono círculo do céu, chamado Aravoth é um local conceitualizado. Sua existência é difícil de se provar fisicamente, mas ainda assim é tido como a morada dos anjos ishim peripalabim, os nimbus, que fazem parte da theurgia, espécie de anjos etéreos ou espirituais que são a ferramenta de comando e funcionamento de todos os universos (atenção ao plural). Em algum lugar perdido entre as nuvens se ergue o Monte Aramesh, portal de acesso ao décimo círculo do céu, para alguns – o altíssimo trono, a morada de Deus, Jeová, cujos detalhes são, obviamente, desconhecidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário